Joana Duarte fez as malas e rumou até ao Brasil.
Uma aventura inesquecível que recorda com saudade e que neste regresso a Portugal fez questão de partilhar com SapoFama. É já com um sotaque carioca e muito "samba no pé" que a jovem de actriz de 22 anos reconhece o talento dos actores brasileiros, fala do "casting" que fez para a Globo e anuncia o seu próximo projecto na TVI.
Entrevista com Joana Duarte
A Joana foi para o Brasil fazer o quê? Estudar? Descansar?
As duas coisas. Estive a fazer um curso de representação no Rio de Janeiro durante três meses e tive aulas com a Ângela Durans, que fez a direcção de actores de "Equador" (TVI), no Brasil. Ela é mesmo muito boa profissional. Mas estive de férias ao mesmo tempo.
O que aproveitou para fazer no Rio de Janeiro?
Muita praia! Fiz amigos e conheci imensas pessoas. Passeei por vários lugares, não só no Rio. Fui a São Paulo, assisti aos desfiles do São Paulo Fashion Week e do Fashion Rio e fui também a Búzios. Passeei bastante e visitei muita coisa.
Como é que pode definir essa experiência?
Foi uma loucura! Fui um bocadinho à toa, mas como não tinha trabalho na altura e estava de férias, aproveitei para fazer esta viagem. É sempre complicado, porque gastei muito dinheiro. Afinal não estava em casa, estava de férias noutro país e gastei imenso dinheiro em comida e em tudo e mais alguma coisa. Mas foi bom, pelo menos investi na formação. Não fui só de férias, também tive aulas e isso foi muito positivo.
Foi sozinha nesta aventura?
Sim, fui sozinha mas tinha uma amiga a viver lá com mais portuguesas. Vivi com elas durante estes três meses.
Teve o privilégio de conhecer algum famoso brasileiro?
Nas festas conheci muitas figuras das novelas e na praia também vi muita gente, mas nada de manter contacto com eles.
No Rio de Janeiro é fácil cruzarmo-nos com os famosos?
No Rio eu vivia no Leblon e o Shopping era mesmo em frente à minha casa. Por lá passavam muitos actores, até porque ali perto também existem muitos teatros. Era frequente encontrar gente conhecida.
Tem algum actor brasileiro favorito?
Há um actor que eu adoro, que é o Thiago Martins. Sou fã dele desde sempre. É mesmo muito bom actor. Ele vive na Favela do Vidigal e tem lá um grupo de teatro, mas infelizmente não consegui conhecê-lo. Mas hei-de voltar lá... (risos)
Fala-se muito da violência no Rio de Janeiro. Teve alguma má experiência?
Quando lá cheguei detestei aquela cidade. Tinha medo de andar na rua e andava sempre a olhar para trás. Graças a Deus, nunca me aconteceu nada. Nunca senti perigo e depois de me habituar a andar na cidade muito menos. As coisas acontecem todos os dias, só que não é à nossa porta.
Mas evitava andar com muita coisa? Praia só de chinelos e toalha?
Nunca, nada disso. Eu tenho um telemóvel topo de gama e andava com ele na mala todos os dias. Nunca me aconteceu nada. Eu também não andava sempre sozinha, muitas vezes as minhas amigas acompanhavam-me, mas nunca senti perigo.
Do que gostou mais no Rio de Janeiro?
A praia, mesmo ao pé de casa, e as pessoas. São todas muito queridas e calorosas. Há sempre muita festa e quando digo isto não é só de noite. Fazem a festa em todo o lado. Ir à praia é uma festa porque todos dançam, cantam e pulam. Em todo o lado é uma festa.
E por falar em dança, veio com o samba no pé?
Vim. Não muito samba, foi mais forró. "Samba no pé" é só para quem nasce lá. Não se aprende assim do nada. Mas eu também sou uma desajeitada. Vim com muitas boas recordações...
Durante a sua estada no Brasil fez algum contacto profissional?
Fiz um casting na Projac (Rede Globo) para a "Malhação". A minha agência, a L'Agence, abriu também no Rio de Janeiro e então fui chamada para o teste do novo elenco. Mas agora regressei a Portugal e tenho cá trabalho. Pode ser que para o ano vá para lá trabalhar
E se for aceite, está pronta para um papel com sotaque carioca?
Lá, as pessoas diziam-me que tenho um sotaque muito bom e ar de carioca... (risos).
Mas não é estranho para si?
Não. Se falasse português de Portugal eles não entendiam. Por isso falava sempre com sotaque brasileiro. Tenho que falar como eles, porque os brasileiros acham que nós falamos muito rápido e não percebem. Acham que comemos o fim das palavras.
Agora de regresso a Portugal, onde vamos poder ver a Joana Duarte?
Vou fazer a próxima produção da TVI, mas não posso falar muito sobre isso. Posso dizer que é a novela "Fruto Proibido".
Já tinha saudades de Portugal?
Imensas! Tinha saudades de trabalhar, de estar no activo. Durante estes três meses no Brasil não deixei de ter a sensação de que estava de férias. Tinha saudades da minha família e de pegar no carro para ir onde quisesse.
Qual foi a primeira coisa que fez assim que chegou a Portugal?
Fui para casa dormir. Estava cheia de sono porque não dormi nada no avião... (risos).
E o reencontro com a família...
Foi muito bom, embora eu falasse todos os dias com eles através da internet. Hoje em dia é fácil estar perto das pessoas de quem gostamos.
E paixões no Brasil? Ficou por lá alguém especial?
Não. Não tive nenhuma paixão. Não gosto de falar disso porque um dia temos namorado, depois já não temos, falou-se disso e... ainda por cima eu, que não penso em casar-me assim tão cedo.
E em Portugal, há alguém de quem queira matar saudades rapidamente?
Sim. Os meus pais... (risos).
fonte: sapo fama
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