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O director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, está de saída da estação de Queluz de Baixo.


Ao que tudo indica, José Eduardo Moniz deixa o seu cargo de Director-Geral e de Coordenação de Informação e Programas da TVI a partir de hoje. De “coração triste, mas de consciência tranquila”, é assim que Moniz revela em comunicado como se sente face a esta sua decisão.
«Amanhã já não serei Director Geral da TVI. Chegam ao fim onze anos de colaboração intensa, militante, incondicional e apaixonada.

A empresa que vim encontrar há onze anos não é a mesma que deixo. Orgulho-me de ter contribuído para que a TVI se transformasse naquilo que hoje é: uma Estação líder, diariamente ponto de encontro de milhões de portugueses, veículo incontornável para quem quer uma Informação verdadeira, independente e descomplexada sobre a Actualidade e berço da melhor ficção que Portugal tem para mostrar em Televisão.

Em poucos anos, com o seu entretenimento, o seu jornalismo e a sua produção ficcionada, a TVI operou uma verdadeira revolução no mercado português, para orgulho de todos os que aqui trabalham e colaboram. Costumo dizer, sem falsa modéstia, que se conseguiu construir a mais portuguesa das estações de TV do País, em cumplicidade plena com os espectadores, esses sim, os nossos verdadeiros parceiros estratégicos. Sem eles, o sonho ambicioso que havíamos desenhado nunca sairia do chão. A TVI de hoje é resultado dessa aliança estreita e da íntima relação de confiança que se estabeleceu com uma percentagem esmagadora da população.

Dos mais novos aos mais velhos, tenho sido privilegiado, nas ruas, com inúmeras manifestações de reconhecimento e simpatia pelo trabalho por todos desenvolvido.

Foi uma enorme honra fazer parte desta equipa e servir, sem restrições, o público que aceitou ser participante activo das mudanças que se operaram no mercado e que permitiram colocar a TVI no patamar de liderança em que se encontra.

Líder de audiências desde 2005 e, sem interrupção, desde 2006, é igualmente campeã de facturação e caso raro em rentabilidade. Longe vão os dias, dos quais não me esqueço, em que a sua sobrevivência estava em risco.

Obviamente, saio triste. Outra coisa não seria de esperar, depois de tanto tempo. O essencial, no entanto, fica feito. Há novos projectos desenhados e ideias lançadas que ficam nas mãos de outras pessoas que, certamente, com a competência, os ensinamentos, o bom senso e a experiência adquiridos ao longo de anos, saberão conduzir esta nau. Mas se saio de coração triste, também parto de consciência tranquila, convicto de que me orientei por princípios de honestidade e isenção, não aceitando pactuar ,até final, com orientações ou pressupostos susceptíveis de contaminarem o pacto de seriedade e de verdade celebrado com os nossos espectadores.

Fi-lo de forma persistente e resistente, atitude válida até este último dia de funções e que se manteve sempre inabalável independentemente das mudanças accionistas que o Grupo empresarial detentor da TVI sofreu.

Faço votos para que assim continue e que se preserve o espírito livre, inconformista e batalhador desta Empresa, imbuída de uma cultura de independência perante os Poderes que representa um dos seus activos mais importantes.

Agradeço, pois, a todos quantos cá trabalham pelos anos inesquecíveis que me proporcionaram. De jornalistas a técnicos, de repórteres de imagem a operadores e criativos de grafismo, de supervisores a escriturários, de apresentadores a motoristas, de vendedores a secretárias, de directores até ao mais humilde trabalhador.

A todos muito obrigado.

Uma palavra, também, de agradecimento a autores, actores, realizadores, músicos, iluminadores e equipas técnicas que comigo colaboraram na grande revolução ocorrida na ficção televisiva em Portugal. Fico, igualmente, em relação a eles, todos, com uma enorme dívida, que sei impossível de saldar.

Fabricámos sonhos, espalhámos emoções e mostrámos Portugal aos portugueses, com atrevimento e paixão. Conseguimos chamar a nós os melhores, ao mesmo tempo que descobríamos novos talentos. Tenho a certeza de que as estradas que se abriram conduzirão a oportunidades cada vez mais aliciantes.

A vida é feita de ciclos. Este chegou ao fim. Felicidades para todos. Até sempre!»

José Eduardo Moniz

A Media Capital, empresa responsável pela TVI, já mostrou a sua opinião sobre este assunto, como passamos a transcrever.

«O Dr. José Eduardo Moniz ingressou na TVI em Setembro de 1998 como director-geral, tendo sido ao longo destes mais de 10 anos o principal responsável pela coordenação de uma vasta equipa de grandes profissionais, que permitiu levar a TVI até à liderança indiscutível em audiências e no reconhecimento pelo público português».

Também a Administração da TVI já revelou em comunicado oficial, esta saída do seu homem forte.

«A Administração da TVI vem por este meio comunicar que acordou com o Dr. José Eduardo Moniz, Director Geral e de Coordenação de Informação e Programas da TVI, a rescisão do contrato de trabalho que o ligava a esta empresa desde 1998, com efeitos imediatos.

A TVI não pode deixar de, neste momento, desejar ao Dr. José Eduardo Moniz o maior sucesso nos projectos profissionais em que, porventura, venha a envolver-se.

O Dr. José Eduardo Moniz foi o principal responsável pelo crescimento que a TVI conheceu desde 1998 até à liderança destacada em audiências de televisão em Portugal, uma exemplar história de sucesso de recuperação de um canal televisivo, mesmo a nível internacional.

Está definitivamente ligado ao que é hoje a televisão em Portugal, com o afirmar da produção nacional de qualidade e como geradora de grandes audiências, com a defesa de um perfil de informação livre e irreverente e com a forte aposta na promoção do talento nacional.

Foi também, sem dúvida um grande líder de uma vasta equipa de profissionais que com ele partilharam esta caminhada de sucesso da TVI ao longo dos últimos anos, e que, consciente das dificuldades que representa a sua saída, será certamente capaz de dar seguimento ao projecto que ele tão bem soube coordenar.

Continuando a apostar no talento nacional, reforçando o investimento na produção de ficção nacional de qualidade, mantendo o carácter de independência, rigor e irreverência da sua Informação e não descurando a necessária diversificação com outros géneros de programas e formatos, a TVI terá sempre como seu principal objectivo continuar a merecer a preferência e a confiança dos portugueses.

A partir desta data as funções anteriormente desempenhadas pelo Director Geral, serão assumidas pela Administração da TVI, através do seu Administrador Delegado, Dr. Bernardo Bairrão. Nesta mesma data o Sr. Luis Cunha Velho assumirá cumulativamente com as suas actuais funções, e a título interino, as funções de Coordenação da Área de Programas. A Área de Informação continuará a ser coordenada pelo Director de Informação, Dr. João Maia Abreu.
Queluz de Baixo, 5 de Agosto de 2009

A Administração da TVI»

Com esta saída de José Eduardo Moniz da TVI, serão Bernardo Bairrão e Luís Cunha Velho a assumirem os comandos do canal, acumulando as novas funções com as que já tinham, como foi referido no comunicado acima transcrito.

Assim que surgirem mais pormenores sobre este assunto, o Novelas Nacionais noticiará para que não perca nada sobre o presente e o futuro da TVI e de José Eduardo Moniz.

fonte:novelasnacionais.com

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