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José Carlos Pereira numa entrevista ao SapoFama, o actor, estudante de Medicina e, agora músico, abre algumas páginas do livro de um dia-a-dia vivido


Na telenovela "Sentimentos" volta a encontrar Bárbara Norton de Matos?
Sim. Já tínhamos contracenado juntos na "Baía das Mulheres", onde fazíamos de marido e mulher. Trabalhámos juntos quase um ano e correu bastante bem. Nesta nova novela acabamos por reviver juntos esses tempos e isso está a ser muito engraçado!

Mas vão viver de novo uma paixão?
Embora ainda não tenha lido todo o guião, posso dizer que vai ser um "amor-fogo". Eu e a Bárbara vamos viver uma relação muito carnal e muito apaixonada. Não é uma relação muito equilibrada, é muito mais física. É a personagem da Bárbara que me domina e eu apenas me deixo ir...

Neste momento está a gravar a novela "Sentimentos", tem em mãos um primeiro CD e ainda está acabar o curso de Medicina. Como é que consegue gerir esta agenda tão preenchida?
Às vezes é complicado, confesso. No que respeita ao álbum, já finalizei as gravações, que era apenas o que faltava da minha parte. Na nova série de Verão dos "Morangos com Açúcar" já está a passar uma das minhas músicas. "M'Água" é o single do álbum, e agora vamos ver a aceitação do público. Musicalmente as coisas estão muito bem feitas, porque estou a trabalhar com alguns elementos dos ex-Bandemónio. São músicos com uma tarimba profissional muito grande.

Música, medicina ou mundo da representação? Qual dos mundos prefere?
Digamos que é o meu "Triângulo das Bermudas", com o qual tenho vivido. Não há nenhuma preferência. A medicina e a representação são o meu campo profissional e a música encaro-a para já como hobby, porque não posso falar de uma carreira. As carreiras são construídas. Este é o meu primeiro disco, o meu primeiro trabalho. Demorámos quase dois anos a concretizá-lo, mas as coisas tinham que ser feitas com calma.

Neste novo álbum há alguma música dedicada à Mafalda, sua namorada?
(Risos) Não devia revelar. Mas não, não há nenhuma dedicatória. No entanto são músicas que falam de sentimentos como tantas outras.

Já cantou alguma das músicas em tom de serenata para a sua cara-metade?
Isso já. Ela já deve estar farta de me ouvir (risos). Mas eu ouço mais as maquetas no carro, para ver se é preciso alterar alguma coisa. No novo álbum há músicas que falam de amor, há outras que falam de tardes de Outono, entre muitas outras coisas.

A Mafalda fez alguma crítica?
Penso que ela gostou logo de tudo (risos). Ainda não posso mostrar o trabalho a muita gente, mas a receptividade de quem ouve tem sido de facto muito boa. Há ainda muitos temas neste álbum que estão fechados a sete chaves. Muitas vezes nem digo que sou eu a cantar quando mostro o disco a alguns colegas de antigas bandas ou a músicos conhecidos. Estou contente e muito confiante!

Com tudo isto, como arranja tempo para namorar?
Isso arranja-se sempre...

E férias? Vai haver?
Férias, não. Não só pela novela, mas também porque queremos que o álbum saia depois do Verão para agendarmos os espectáculos. Não quero pôr a carroça à frente dos bois. Quero fazer tudo isto com calma e nos timings certos.

Então vamos ver o Zeca em cima de um palco? Vai haver concertos?
Espero bem que sim. Vai ser mais um trabalho e, aí sim, não vai haver tempo para namorar. (Risos). Estou a brincar...

E quanto ao "Doutor José Carlos Pereira", o que falta para acabar o curso de Medicina?
Estou a estagiar num hospital em Lisboa. Estou todos os dias de manhã a trabalhar. Normalmente entro às nove e saio às 16 horas, mas há dias em que tenho que sair mais cedo do hospital para voar para as gravações. Há outros em que tenho mesmo que faltar. Mas consigo conciliar tudo, até porque estou com um ritmo de gravações menor do que tinha na novela anterior (Feitiço de Amor) e este personagem permite-me fazer isto.

E como é o Zeca, o médico?
O José Carlos Pereira médico guarda-se para o hospital. Não quero misturar as coisas.

Mas veste uma máscara diferente?
Claro que não. Temos que ter a noção que são trabalhos diferentes, mas ambos exigem profissionalismo. É um trabalho que levo com muito afinco e que tento desempenhar da melhor maneira que sei. Requer muito estudo e atenção, até porque estamos a falar da saúde das pessoas.

Já aconteceu estar a prestar cuidados a alguém e o doente reparar que o médico é uma cara bem conhecida da televisão?
Já aconteceram situações muito engraçadas mas não quero adiantar muito porque gosto de separar as coisas. Eticamente não é correcto estar a comentar os assuntos que se passam dentro do hospital. Nem sequer digo em que hospital estou a trabalhar porque é melhor assim. São áreas diferentes da minha vida pessoal.

Mas os colegas não brincam consigo?
Não. Eles respeitam-me e vêem-me como colega, apenas isso. Percebem que eu tenho outra profissão, que sou trabalhador-estudante e que estou ali para fazer o meu melhor. Estou lá para desempenhar o meu trabalho enquanto médico.

Nunca sentiu dúvidas dos seus colegas por ser actor e médico em simultâneo?
Não, nunca senti nada disso. Pode haver esse preconceito, mas nunca senti qualquer problema. Pelo contrário, os meus colegas e os meus professores sempre foram solidários comigo. Todos têm sido muito atenciosos comigo porque sabem que eu tenho estes dois lados profissionais e só tenho que agradecer essa compreensão.


fonte: sapo fama

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